quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Não era para ser...


A noite me deu um boicote. Demorou a chegar e passou num piscar de olhos.
Eram tantas as possibilidades. Chegar, tomar um banho e dormir.
Arrumar o quarto beber água e dormir. Ouvir música e dormir. Cozinhar e dormir.
Mas o que era prioridade transformou-se em segundo plano e dormir chamou-se repousar. O afeto da minha cama para comigo não foi dos melhores. Foi como aquele em que é maravilhoso e passa rápido. Escasso. Deitei, pensamentos flutuando janela afora. Quando sei os caminhos e não dou um passo. Lembrei daquele mar. Lembrei da foto. Dos devaneios. E lá fui eu, fazer o que não poderia = pensar. A mala ali, ainda pronta, eu deitada e ao mesmo tempo viajando. Tantas coisas para fazer no dia seguinte e as idéias começam a fluir quando a cama me abraça. Pensei nas noites que passei. Achei que os desabafos estavam acabando, mas o cansaço não. O que me aconteceu hoje? Eu não sou mais a mesma de sexta. Mudou minha mente. Talvez não devesse sofrer pelas mesmas coisas. Talvez aprendesse a lidar com o problema dos outros. A vida não é tão difícil. E eu continuo sendo a mesma. Nasci novamente, e vivi uma vida mais real. Até quando as coisas vão mudar? Quase ninguém tem as mesmas idéias. Quantas coisas a gente vai deixando pra traz. Reviro-me, pela milésima vez e embora lute contra meus pensamentos, consigo pegar no sono. Acordo com uma musiqueta. Sonho? Não. Era o despertador. Mas já?

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