sábado, 12 de fevereiro de 2011

A gente é o que quer ser.

A vida toda a gente fica lembrando de tudo o que fez, faz ou pensando em tudo o que ainda tem que fazer. Não queria que fosse assim. Queria viver de uma maneira diferente. Não ter hora pra nada, tomar um pó e ficar invisível, sair por aí com uma mochila nas costas sem saber pra onde ir. Ultimamente tenho pensado muito nisso. Tenho aproveitado minha solidão para parar e devanear. Eu sou eu e sou tudo o que eu quiser com muita facilidade. Me transformo naquela criança com quatro anos de idade que fica perguntando o porquê de tudo o todo tempo. Me transformo em alguém que não sou ainda, mas que um dia quero ser, aquela mãe que protege, que cuida, que ampara, que sempre está disposta, que é carinhosa, que parece não ter medo de nada... Mas eu posso ser tudo isso, menos isso ou mais isso se eu quiser. E eu quero? Vezes sim, vezes não. A fé que tenho move montanhas, aquela força está lá dentro, lá no fundo, mas as perguntas também estão. Os questionamentos se tornam grandes meio ao turbilhão de emoções que fervem e só trazem confusão. Na verdade sei bem onde posso chegar, até onde quero ir, só ainda não entendi como fazer isso. Foi assim que aprendi o que sei. Não sei o que não quero, por que ainda não tive oportunidade de “provar”, mas já sei bem o que eu quero. Isso já é um pulo. Muitas pessoas não sabem.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Cheiode.

Me sinto bem. Me sinto como não me sentia há tempos. Completamente feliz. No final do dia de ontem, deu aquela vontade de sair por aí olhando pro céu e gritando: Deus, esteja onde estiver, seja o que for, muito obrigada por tudo. Por me fazer chegar até onde cheguei, por me proporcionar pequenos momentos que se tornam gigantes, por me fazer ver que verdadeiras amizades existem, que tudo na vida se dá um jeito e o melhor, eu não estou sozinha. O eu sozinho ontem se encontrou com meu eu cheio de gente. Cheio de mim. Cheio de vida. Cheio de alegria.

sábado, 15 de janeiro de 2011

Tem dias....


"Tem dias que a gente se sente
Como quem partiu ou morreu
A gente estancou de repente
Ou foi o mundo então que cresceu..."


A roda da vida "tá" girando. "Tá" no sentido de estar mesmo.
Ontem era criança com um brilho indescritivel no olhar.
Um olhar de quem via tudo colorido. Hoje, por enquanto o que resta é pura nostalgia.
O sorvete era mais saboroso, a letra da música soava mais leve, o problema era trocar o canal das Chiquititas para que a mãe pudesse assistir novela, os carnavais eram emocionantes, histórias para contar. Espírito de 78 anos? Não, apenas recordações. O primeiro ensaio do carnaval 2011 está passando em frente a minha casa.
Mas não é meu interesse. Antigamente era mais curiosa. Hoje esse barulho todo me incomoda. Quero ficar sozinha. Esse barulho todo só me deixa com a sensação de sair correndo e ficar quietinha. Som do mar, do vento, som de nada. Som de mim mesma. Uma musiquinha feliz,mas silenciosa. Por que a felicidade não tem ruídos, assim a inveja alheia não chega perto. Sou feliz porque sou perfeita. Por que posso caminhar, correr, abraçar, falar, ouvir, sentir, ver, sorrir e chorar. Sou feliz por que tenho os quatro avós que deram origem aos meus pais e é por eles que hoje estou aqui. Feliz por que consigo comer, por que durmo, por que acordo, por que estudei para chegar onde estou e por que quero ir mais. Por que vou mais. Por que assim como a roda, o mundo um dia também gira.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Não era para ser...


A noite me deu um boicote. Demorou a chegar e passou num piscar de olhos.
Eram tantas as possibilidades. Chegar, tomar um banho e dormir.
Arrumar o quarto beber água e dormir. Ouvir música e dormir. Cozinhar e dormir.
Mas o que era prioridade transformou-se em segundo plano e dormir chamou-se repousar. O afeto da minha cama para comigo não foi dos melhores. Foi como aquele em que é maravilhoso e passa rápido. Escasso. Deitei, pensamentos flutuando janela afora. Quando sei os caminhos e não dou um passo. Lembrei daquele mar. Lembrei da foto. Dos devaneios. E lá fui eu, fazer o que não poderia = pensar. A mala ali, ainda pronta, eu deitada e ao mesmo tempo viajando. Tantas coisas para fazer no dia seguinte e as idéias começam a fluir quando a cama me abraça. Pensei nas noites que passei. Achei que os desabafos estavam acabando, mas o cansaço não. O que me aconteceu hoje? Eu não sou mais a mesma de sexta. Mudou minha mente. Talvez não devesse sofrer pelas mesmas coisas. Talvez aprendesse a lidar com o problema dos outros. A vida não é tão difícil. E eu continuo sendo a mesma. Nasci novamente, e vivi uma vida mais real. Até quando as coisas vão mudar? Quase ninguém tem as mesmas idéias. Quantas coisas a gente vai deixando pra traz. Reviro-me, pela milésima vez e embora lute contra meus pensamentos, consigo pegar no sono. Acordo com uma musiqueta. Sonho? Não. Era o despertador. Mas já?

terça-feira, 16 de novembro de 2010

É normal, é assim.


As forças realmente existem lá no fundo do olhar, lá longe naquela pupila.
E tudo vira vida. Tudo aquilo que nos toca. Tudo aquilo que sentimos.
Tudo aquilo que se vive. Graças a isso deveríamos lembrar que todos os dias estamos vivos. E que esses dias nos são dedicados. Alguns atos são honestos. Outros não tão bons, mas infelizmente são infinitamente multiplicáveis. Nem toda conta é proveniente da Fórmula de Bhaskara como aprendi no colégio. É mais comum ser regra de três.
Meu refúgio é meu quarto. O relógio mede as estações. Durante aqueles dias que a gente não se sente mais, é útil, bater a porta e voltar logo após. Os dias vazios não existem, é só lembrar que existe o céu, e nunca vai ser igual. Nada se acaba por um fio e sim por que tinha que acabar. Durante alguns dias a gente não sabe o que se passa, se a gente muda, mas a gente sabe por que tem que mudar. Às vezes as coisas que tem rupturas são as que nos fazem bem e duram. Tem que manter a esperança, o amor transborda para o singularismo do mundo. O espaço é imenso para a ausência daquele tempo manso. A cidade fica pequena e os bosques infinitos. Os “vaievens” desse mundo assustam. A vida gira muito mais rápido e ágil do que imaginamos. Quando vê já é Natal. Reveladores segredos às vezes surpreendem, porém são necessários, para compreendermos que ninguém é igual e que é através dessa essência que nascem as carências. E assim as pessoas se procuram, se encontram - se perdem - se encontram – vivem-amam.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Já bate aquela saudade!



É tradicional, formatura de colégio, formatura de faculdade, formaturas... É comum Vinícius de Moraes faça parte das despedidas:

"Um dia a maioria de nós irá se separar. Sentiremos saudades de todas as conversas jogadas fora, as descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos, dos tantos risos e momentos que compartilhamos...

Saudades até dos momentos de lágrima, da angústia, das vésperas de finais de semana, de finais de ano, enfim... do companheirismo vivido... Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre...

Hoje não tenho mais tanta certeza disso. Em breve cada um vai pra seu lado, seja pelo destino, ou por algum desentendimento, segue a sua vida, talvez continuemos a nos encontrar, quem sabe... nos e-mails trocados...

Podemos nos telefonar... conversar algumas bobagens. Aí os dias vão passar... meses... anos... até este contato tornar-se cada vez mais raro. Vamos nos perder no tempo...

Um dia nossos filhos verão aquelas fotografias e perguntarão: Quem são aquelas pessoas? Diremos que eram nossos amigos. E... isso vai doer tanto!!! Foram meus amigos, foi com eles que vivi os melhores anos de minha vida!

Faremos promessas de nos encontrar mais vezes daquele dia em diante. Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a viver a sua vidinha isolada do passado... E nos perderemos no tempo...

Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo: não deixes que a vida passe em branco, e que pequenas adversidades sejam a causa de grandes tempestades...

Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores... mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!!!"

Mas o sentimento não pode ser melhor descrito do que as palavras do nosso querido Vinicius. É dessa saudade de falar besteiras, de chorar de rir, das vésperas de trabalhos que fazíamos na tarde da noite da entrega a que me refiro (...) Saudades da presença das Profs, saudades da correria, saudades do suco do tio do bar, saudades da biblioteca, saudade das salas de aula, saudades dos banquinhos do pátio, saudade de tudo e de todos. É um tempo maravilhoso que a gente sabe que não volta mais, e a única sensação do momento é não faltar mais nenhum dia de aula até o último!
Por que existe saudade?

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Hoje é dia de Regina.


Existem momentos em nossas vidas, que jamais podem ser resumidos em simples palavras.
Ao longo desses anos tenho a sorte de poder conviver contigo mãe, que me desperta para uma realidade que muitas vezes, penso não existir mais.Que me faz acreditar sempre mais e mais no verdadeiro significado das palavras, com determinação, respeito e amor. Juntas construímos forças quando achávamos que não podíamos mais, juntas sonhamos, juntas vivemos e melhor, juntas conquistamos! Mãe, tu é a pessoa que mais me ouve, que mais sabe dos meus medos e das minhas alegrias, que participa intensamente do meu crescimento e me ajuda a tomar as decisões mais difíceis. Sem dúvida alguma tu é a pessoa mais especial que existe nesse mundo, que mais me conhece e por isso não me canso de te dizer como sou feliz por poder "estar contigo" nesse aniversário e sempre!!Quero que a minha alegria te transmita o meu mais puro e sincero amor!
Mãe, tu sabe que a nossa sintonia vai além do amor de mãe e filha, e que estive contigo hoje desde a hora que acordei, por isso, agora de noite não poderia ser diferente, sente aí o meu abraço apertado e toda a gratidão que tenho pelas coisas que tu faz por mim. Tu é a melhor Mãe do mundo!


TE AMO MUITO!